O mercado da soja voltou a intensificar suas altas na tarde desta quinta-feira (28) na Bolsa de Chicago e, por volta de 13h10 (horário de Brasília), as mesmas oscilavam entre 26,75 e 35 pontos, com as posições mais distantes registrando os ganhos mais intensos. Assim, o contrato novembro - o mais negociado neste momento e referência para a safra americana - sendo cotado a US$ 14,43 por bushel.
"Os futuros sobem pelo quarto pregão consecutivo nesta quinta-feira, com o contrato agosto tendo subido US$ 1,60 por bushel na semana. Novamente, o clima dá sustentação às cotações. Os mapas mostram muito calor e menos chuvas para parte do Meio-Oeste americano a partir do dia 3. As condições das lavouras americanas continuam piorando", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
O mapa atualizado pelo NOAA, o serviço oficial de clima dos Estados Unidos, mostra que os próximos sete dias - de 28 de julho a 4 de agosto - mostra que as chuvas seguirão concentradas, neste período, nas áreas mais a leste e sul do Corn Belt, enquanto o oeste e o norte do cinturão ainda sofrerão com precipitações pouco regulares, limitadas, mal distribuídas e de baixos volumes.
Na última segunda (25), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu a qualidade das lavouras americanas e, segundo especialistas, o processo pode continuar caso o padrão climático continue piorando.
Ainda nesta quinta, o mercado segue encontrando suporte nos derivados, desta vez do óleo. O subproduto sobe mais de 2,5%, acompanhando o petróleo, e volta aos 60 cents de dólar por libra-peso no contrato mais negociado. Já o farelo passa por uma leve realização de lucros depois de altas fortes do início da semana.
No paralelo, atenção sobre o financeiro e as reações que ainda podem ser sentidas depois da mudança nos juros americanos e da divulgação dos dados do PIB nos EUA para o segundo trimestre que acontece nesta quinta.
Outro estímulo às cotações da soja se deu com os bons números vindos do USDA para as vendas semanais para exportação. Foram volumes dentro das expectativas tanto para a safra velha, quanto para a safra nova. Todavia, Vanin lembra ainda que o produto brasileiro tem se mostrado mais atrativa para os compradores, em especial com a baixa recente dos prêmios, principalmente para agosto e setembro.